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Nossa Missão
Disse Jesus:
"E este evangelho será
pregado em todo o mundo,
em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim."
Mt. 24.14






MANUAL PARA PREGADORES - PR. DJALMA AMBRÓSIO
Manual para pregadores iniciantes e obreiros
INTRODUÇÃO:
Estando próximo de completar 60 anos de idade, ainda lembro a minha infância e de quando aos 6 anos comecei a freguentar os cultos da denominação onde até hoje permaneço servindo ao Senhor pela graça de Deus. Assisti o inicio dos trabalhos na minha Cidade, vi o crescimento dessa Igreja. O prédio onde começou foi a casa onde meus pais residiam e vivi até a adolescência.
Nesse ambiente maravilhoso conheci os obreiros e vi as tarefas que executavam mesmo não tendo as instruções pertinentes ao oficio que cumpriam, alguns foram excelentes no que fizeram outros porem deixaram a desejar, no entanto faziam seu trabalho por amor.
A nomenclatura dos cargos existentes na época são os mesmos da atualidade exceto alguns cargos que surgiram a partir da década de 80. Como nos tempo de outrora, vemos nos dias de hoje alguns com atitudes exageradas e até absurdas que fazem o trabalho com amor, mas sem o devido preparo que a tarefa exige.
Nossa proposta nesse simples trabalho não é esgotar o tema haja vista a sua complexidade, mas trazer ao lume a importância dos recursos Teológicos disponíveis bem como os benefícios que eles proporcionam. Definiremos de maneira sucinta o que é Homilética, o que ela pode fazer para ajudar os pregadores, a necessidade dela na escolha dos temas e no desenvolvimento dos sermãos.
Abordaremos a importância da Bíblia, ou seja, dos textos bíblicos, vamos propor algumas sugestões sobre postura e atitudes do ministro ou pregador diante do publico dando exemplos que não são recomendáveis e os que são ideais, ou seja, mais adequadas nos momentos de cumprir a missão de pregar, dirigir cultos no templo e fora dele e ministrar cerimônias.
HOMILÉTICA
Definição: O termo vem da palavra grega HOMILIA. O verbo HOMILEIN era usado pelos gregos para expressar o sentido de “relacionar-se, Conversar, estar juntos” – e nos primeiros séculos da Era Cristã, o termo passou a ser usado para denominar a “arte de pregar sermões”. Daí deriva o sentido HOMILÉTICA.
Sua tarefa não se limita a princípios teóricos, mas concentra-se grandemente no treinamento prático.
O objetivo principal da Homilética é de orientar os pregadores na preparação de sermões. Convém notar que a Homilética não é a mensagem. Ela disciplina o pregador para melhor entregar a mensagem. Não nos esqueçamos: A mensagem é de Deus ( Ef. 6.19 – Col. 4.6).
Ela ensina o pregador onde e como se deve começar e terminar o sermão e tem por objetivo convencer os ouvintes, seja no campo político, forense, social ou religioso.
Por esta razão a Homilética encontra-se diretamente ligada à eloqüência (Eloqüência é a capacidade de convencer pelas palavras).
A Homilética teve início na Grécia antiga no século V a.C.; através do professor Córax e seu discípulo Tísias. “ Tísias tornou-se o discípulo mais famoso de Córax. Quando Córax lhe cobrou as aulas ministradas, Tísias recusou a pagar, alegando que, se fora bem instruído pelo mestre, estava apto a convencê-lo de não o cobrar, e, este não ficasse convencido, era porque o discípulo ainda não estava devidamente preparado, fato que o desobrigava de qualquer pagamento. O resultado é que Tísias ganhou a questão”.
Entre os gregos algumas qualidades eram exigidas do orador, dentre elas, destacamos: Memória, habilidade, inspiração, criatividade, entusiasmo, determinação, observação, teatralização, síntese, ritmo, voz, vocabulário, expressão corporal, naturalidade e conhecimento.
AS BASES DO SERMÃO
A Bíblia é a fonte principal da pregação do cristão. Um sermão sem texto bíblico por base é igual à árvore cortada na raiz. A base de um sermão é o seu texto bíblico. É impossível desenvolver um sermão, por exemplo, sobre fé, arrependimento, amor de Deus, ressurreição etc., sem base bíblica.
A importância de um texto, a sua escolha e colocação no sermão, serão estudadas neste ponto. O texto na predição refere-se à porção escolhida das escrituras no qual o sermão será desenvolvido. Entre os cristãos depois do primeiro século, o uso de textos nas pregações, quase foi deixado de lado, contrariando os princípios Judeus de ler textos amplos nas sinagogas conforme: Ne 8:8; At. 13.27; 15.21.
CINCO RAZÕES DA NECESSIDADE DO TEXTO BÍBLICO NA PREGAÇÃO.
1- Dá autoridade à mensagem;
2- Exercem influencia restritiva, para o pregador se manter dentro do tema;
3- Unificam o sermão;
4- Preparam o auditório para o sermão;
5- Servem para promover variedades na pregação.
A ESCOLHA DOS TEXTOS
É fundamental a escolha de textos para uma pregação. A escolha deve ser feita com sabedoria e espírito de oração.
O texto para o sermão deve ser escolhido da seguinte forma:
1- Claros e objetivos que não haja dificuldades hermenêuticas;
2- Devem estar dentro dos limites de capacidade do pregador, claros e expressivos, para que ao expor o sermão, não desaponte o auditório;
3- Que despertem o interesse do auditório para que possa ser lembrado com facilidade.
O TEMA DO SERMÃO
O tema é o assunto da mensagem. É a verdade central do sermão. Um sermão sem um tema que coordene o seu desenvolvimento é como um navio sem leme, andando a deriva. Define-se o tema, a matéria de que se vai falar ou tratar no sermão. É a idéia central do sermão, isto é, o assunto dele.
TEMA – Dá nome ao assunto. É a síntese do assunto em discussão.
REQUISITOS IMPORTANTES PARA ESCOLHA DE UM TEMA
1- Escolher temas de fácil comunicação;
2- Escolher temas que produzam bênçãos;
3- Escolher temas apropriados à época, lugar e ocasião.
TIPOS DE TEMAS
Os tipos de temas são diversos, mas os princípios que se originam não mudam.
Um sermão precisa ter estrutura, o que exige unidade Homilética.
Três REQUISITOS da unidade Homilética:
1- O sermão deve ter um só tema;
2- O sermão deve ter um propósito específico;
3- No sermão deve ser empregado unicamente o material de elaboração mais apropriado, tanto para o tema, como para o propósito específico.
Eis alguns tipos de temas:
a) Tema em forma de pergunta: "Que farei de Jesus chamado Cristo?”. "Que farei para herdar a vida eterna?”. "Que posso fazer para me salvar?”
b) Tema sobre forma de uma palavra ou frase: "Fé" "Sem fé é impossível agradar a Deus"
c) Tema em forma de uma declaração;
d) Tema histórico;
e) Tema imperativo.
TÍTULO
Há uma distinção entre tema e título do sermão.
O título do sermão é o nome que a ele se dá, ou seja, é o seu encabeçamento. O propósito primordial de um título é o de mostrar a linha de pensamento que se vai apresentar no sermão. O tema envolve todo um sermão. O título é o nome que se dá a esse todo. O título deve ser bem sugestivo para que possa despertar a atenção ou a curiosidade. Tem de ser atraente, não pelo uso de mera novidade, mas por ser de vital interesse às pessoas. O título deve relacionar-se com as situações e necessidades da vida. – O título não deve ser negativo, e sim de natureza declarativa, interrogativa ou exclamativa.
PREPOSIÇÃO
É aquilo que se vai propor no sermão. É uma tese. A preposição é uma declaração na forma mais concisa possível. É a informação aos ouvintes do que se pensa dizer acerca do tema. É a APRESENTAÇÃO do que se deve ser explicado ou provado.
REQUISITOS DA MENSAGEM
a) Estar ajustada ao destinatário;
b) Possuir conteúdo significativo (palavras sem nexo não constituem mensagem);
c) Apresentar sentido claro (muitas vezes as mesmas palavras oferecem sentido diverso para pessoas diferentes);
d) Estar completa;
e) Ser objetiva (inserida na realidade);
f) Ser oportuna.
ESTRUTURA DO SERMÃO
A estrutura do sermão é a organização do sermão com suas divisões técnicas, que servem para orientar o pregador, na sua INTRODUÇÃO, PLANO E CONCLUSÃO.
INTRODUÇÃO
É a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório. (Obs. normalmente a introdução é a última parte a ser feita na preparação do sermão). A Introdução ou exórdio é inteiramente preparatória. É mostrar em síntese o sermão. A Introdução deve ser breve, apropriada, interessante e simples. Na Introdução, o pregador conquista ou perde a atenção do auditório. "Um sermão bem começado é meio caminho andado" (o pregador deve excluir o "EU", principalmente na Introdução).
O PLANO
O plano tem a ver com a ordem das divisões. Esta parte é chamada também de movimento do sermão. O plano é a discussão da prédica, é o esqueleto com as partes colocadas em seus lugares. Ao dar início ao movimento de esboço ou plano do sermão, o pregador já deve ter estabelecido o seu ponto de contato com o auditório e despertado o interesse dos ouvintes pelo assunto que vai apresentar.
1- O sermão deve possuir uma ordem própria nas divisões:
a) Dar ordem lógica aos pontos e sub-ponto;
b) As divisões devem obedecer a uma ordem ascendente, isto é, os argumentos mais fortes devem conduzir os argumentos mais fracos;
c) A ordem do esboço deve ser cronológica.
CONCLUSÃO
Na Conclusão, o pregador deve apresentar o clímax de sua pregação. A aplicação final e definitiva de todo sermão está na Conclusão. Esta parte é tão importante quando a introdução.
A Conclusão deve ter várias aplicações:
1. Recapitulação. Não significa pregar outra vez, mas relembrar;
2- Narração. Narrar um fato que sirva de aplicação;
3- Persuasão deve levar o ouvinte a uma decisão;
4- Convite deve ser inteligente, claro, insistente, sério e espiritual.
ESPÉCIE DE SERMÃO
1- Sermão tópico ou temático;
2- Sermão textual;
3- Sermão expositivo.
SERMÃO TÓPICO
No sermão tópico ou temático o pregador pode exercer sua capacidade analítica e imaginativa, para usar diferentes modos de dividir o assunto que deseja apresentar.
SERMÃO TEXTUAL
O plano do Sermão textual é tirado do texto. Suas divisões são encontradas nas próprias palavras escolhidas para se basear o Sermão.
As divisões do Sermão textual podem ser:
1° Divisão natural;
2° Divisão analítica;
3° Divisão sintética.
Exemplo de Divisão natural:
I Cor. 13.13, apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado do texto fica a critério do pregador.
1ª Divisão: Fé;
2ª Divisão: Esperança;
3ª Divisão: Amor.
Exemplo de Divisão analítica.
Este tipo de Divisão baseia-se em perguntas: quem? Que? Quando? Como? E onde?
As melhores divisões são formadas pelas partes principais do texto e apresentadas na mesma ordem em que ali aparece.
Exemplo: Lc. 15.17-24.
Tema: Arrependimento do filho pródigo.
a) Reconheceu seu estado perdido;
b) Resolveu voltar ao lar;
c) Confessou seu pecado;
d) Foi recebido e perdoado;
e) Reconquistou seus direitos perdidos.
DIVISÃO SINTÉTICA
A Divisão sintética dá ao pregador o direito de organizar seu esboço sem se preocupar com a ordem do texto. A palavra sintética é relativa à síntese do resumo. O pregador pode sintetizar ou resumir as partes do texto.
Exemplo: Mc. 6.34-38
Tema - Despenseiros de Deus.
a) Visão v. 34,38;
b) Compaixão v. 35;
c) Provisão v 37;
SERMÃO EXPOSITIVO
O Sermão expositivo é o que faz a exegese do texto escolhido. É o desenvolvimento de uma verdade contida em uma passagem bíblica. É um método que exige estudo e tempo da parte do predicante na preparação do que vai expor. O Sermão Expositivo é primordialmente bíblico, porque se ocupa em interpretar literal ou figurativamente.
Alguns conselhos úteis ao uso de SERMÕES Expositivos:
a) Não fugir do texto;
b) Ser prático na aplicação da passagem exposta;
c) Estudar plenamente o texto;
d) Evitar a monotonia;
e) Cultivar a meditação e a oração que é a fonte da inspiração;
f) Cultivar a leitura sistemática da bíblia;
g) Procurar sempre despertar o interesse da igreja por este tipo de Sermão.
Exemplo: Tema: Cristo Senhor - Colossenses capítulo 1
1 - Saudação v.1-12
a) Saudação inicial de Paulo, vs. 1-2;
b) Ação de Graça - vs. 3-8;
c) Intercessão pelos Colossenses - vs. 9-12;
2 - Cristo Senhor Pleno
a) Senhor da redenção - vs. 13-14;
b) Senhor da criação - vs. 15-17;
c) Senhor da igreja universal - vs. 18-20;
d) Senhor da Igreja local em Colossos-vs. 21-23;
3 - Cristo o Senhor do ministério de Paulo-vs. 24-29
a) Um ministério de sofrimento. v.24 ;
b) Um ministério de serviço. vs. 25-27;
c) Um ministério de responsabilidade. v.29;
d) Um ministério pastoral v. 28.
AS DIVISÕES DO SERMÃO
Quatro requisitos são indispensáveis à elaboração das divisões:
a) Uniformidade
Um sermão tem de ser uniforme, isto é, invariável nas suas divisões. Se a forma dada ao sermão for à tópica, todo sermão deve ser desenvolvido nesta forma. Todos os pontos principais devem tanger a mesma classe de relação com o tema.
b) Simetria
É a harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares. É o que forma a posição das partes que estão de lados oposto em perfeita harmonia.
c) Transição
Este requisito trata do cuidado que o pregador dever ter na passagem de um ponto para outro. Em cada divisão o pregador dever fazer uma ponte de passagem para o ponto seguinte, essa ponte servirá para evitar um salto precipitado.
d) Pertinência
O assunto exposto no começo dever ser o mesmo até o fim do sermão. A unidade deve estar na pertinência dos pontos principais entre si e com o tema do sermão.
REGRAS BÁSICAS PARA O PREGADOR:
a) Basear-se em fatos;
b) Dominar os fatos;
c) Separar os fatos interessantes;
d) Captar a atenção desde o início;
e) Manter a expectativa e curiosidade;
f) Somente citar casos relacionados com o assunto;
POSTURA DO PREGADOR OU PRELETOR
Não recomendada
a) Rígida;
b) Negligente.
Ideal
Em pé, com naturalidade.
MÃOS E BRAÇOS
Não se recomenda
a) Mãos nos bolsos;
b) Braços cruzados;
c) Corpo apoiado sobre o púlpito, mesa ou cadeira;
d) Dar socos na mesa ou no púlpito;
e) Gesticulação exagerada.
Recursos permitidos desde que moderados
a) Dedo em riste;
b) Estalar os dedos;
c) Acenar com as mãos;
d) Levantar ambas as mãos.
OLHAR
Não se recomenda
a) Fixar em um só ponto ou objeto;
b) Fixar em uma determinada pessoa;
c) Vacilar o olhar, como quem procura algo perdido;
d) Em caso de um culto gravado, não fixar o olhar nas câmeras de vídeo.
Ideal
Dividir o auditório em quatro partes para uma completa visualização e procurar fixar os componentes do auditório nos olhos.
TIMBRE DE VOZ
Evitar
a) Eloqüência exagerada;
b) Monotonia;
c) Repetir a mesma ênfase;
d) Pausas acentuadas.
Ideal
a) Falar com clareza (boa pronuncia);
b) Efetuar variação na cadência;
c) Entonação e energia;
d) Voz agradável.
ERROS COMUNS A SEREM EVITADOS
a) Iniciar a mensagem com justificativas: não sei falar, não sou orador, não estava preparado, etc;
b) Excesso de austeridade;
c) Ser presunçoso ou arrogante;
d) Resmungos: Ah... Hum... Bem... Aí... Né... E Daí... etc;
e) Cacoetes.
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Cuide de sua apresentação pessoal, pois a primeira impressão é a que fica! Uma pessoa não precisa estar ricamente trajada para estar bem vestida. Quanto à maneira de vestir-se é importante que a pessoa esteja sempre bem cuidada.
Interpreta-se por “bem cuidada” a pessoa que traz:
a) Unhas limpas;
b) Cabelos em ordem e penteados;
c) Sapatos limpos e lustrados;
d) Asseio corporal (banho, desodorante, barbear-se, dentes escovados, etc);
e) Dentes cuidados (naturais ou postiços) proporcionam sorriso sem constrangimento;
f) Trajes sóbrios e decentes, combinados com bom gosto.
Obs: - Se a pessoa tem dificuldades financeiras, não deve usar isto para desleixo ou falta de asseio. A roupa usada, porém lavada e bem passada, compõe melhor quem a veste, do que a melhor roupa que não esteja bem lavada e bem passada.
LEMBRE-SE: “O nosso corpo é o Templo do Espírito Santo” (1 Co.6: 19 e 20)
ATITUDES IMPRÓPRIAS NO PÚLPITO:
a) Contar gracejos, anedotas. Usar vocabulário vulgar. (não confundir isto com ilustrações);
b) Manter as mãos nos bolsos o tempo todo, na cintura ou para trás;
c) Coçar-se, especialmente de modo inconveniente;
d) Exibir lenços sujos, especialmente por ocasião da Ceia do Senhor;
e) Falar de olhos fechados ou arregalados, bom como olhar demoradamente para cima ou para o piso como se tivesse perdido algo;
f) Falar gritando o tempo todo;
g) Molhar o dedo na língua para virar a pagina da Bíblia;
h) Não pular nem gesticular demasiadamente;
i) Limpar as narinas no púlpito;
j) Bater o pé no chão com força repetidamente e dar murros na plataforma com estardalhaço;
k) Fazer cacoetes ou tiques mímicos ou fônicos. Exemplos de tiques fônicos: “Eh”, “Há”, quando em dúvida, pausa, indecisão ou dificuldade;
l) Dosar o tempo:
TESTEMUNHO: até 05 ( cinco minutos ).
UMA PALAVRA: até 10 ( dez ) minutos.
UMA SAUDAÇÃO: até 05 ( cinco ) minutos.
PREGAÇÃO: até 40 ( quarenta ) minutos.
m) Escorar-se no púlpito ou segurá-lo, exceto para completar a mensagem, isto é, dar-lhe dimensão mediante a linguagem gestual;
n) Orações longas no púlpito! Orações muito longas no púlpito pode ser indicação de pouca oração em casa;
o) Arrumar o cabelo, a gravata e a roupa em geral, quando no púlpito;
p) Não copiar o modelo de outros preletores, porque nunca da certo. Procure melhorar, mais sendo sempre o que você é de fato. O problema começa quando você tenta mostrar ser o que você não é.
DIREÇÃO DE CULTOS
1º) CULTO DE ORAÇÃO
O Culto de oração é essencialmente para crentes. Às vezes a presença de pessoas não crentes nele se admite. O Cuidado na direção dos cultos de oração deve ser de primeira ordem, pois nestes cultos o povo de Deus vem buscar soluções para os seus problemas. Nele se fazem pedidos muitas vezes angustiosos, mas a ordem deve ser observada. Todos devem orar a Deus nas reuniões. Isto é agradável e salutar, pois oferece a cada um a liberdade de apresentar a Deus os seus pedidos. Pode ainda agradecer e louvar a Deus por todas as benções recebidas. Mas também é bíblico que essa liberdade não leve os crentes a uma gritaria carnal, que dá má impressão. Conforme relata no livro de Atos os crentes em Jerusalém todos “unânimes levantaram a voz a Deus”, mas também devemos meditar no fato de que, apesar de haverem unânimes levantados a sua voz a Deus, todos ouviram o que se dizia (At. 4.24,31) e a oração foi tão poderosa, que moveu o lugar em que estavam reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo.
2º) CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR:
A Ceia do Senhor é um memorial que representa a mais sublime festa da igreja aqui na terra. É um ato por demais solene, e quem o oficia deve Ter o pleno conhecimento bíblico acerca dele. Textos bíblicos que falam do ato: (Mt.26.26; Mc. 14.22-26; I Cor. 11.23-32).
Qual o intervalo estipulado na bíblia para se realizar a Ceia? Jesus disse: “Todas às vezes”
O que fazer com o pão e o vinho que sobrou? – Esta questão é salutar.
Quem deve participar da Ceia? – Todos os crentes batizados nas águas e em comunhão com a igreja.
Pessoas de outras denominações? – Lembre-se a Ceia é do Senhor.
3º) CELEBRAÇÃO DE NOIVADO
Ficar noivo é o costume adotado na nossa sociedade por quem pretende assumir o casamento. Sugere uma atitude séria e uma decisão definida dos que resolveram ficarem noivos. Não é prudente realizar um culto no templo para realização de um noivado, por se tratar de um ato estritamente familiar, e entre amigos mais chegados, e nunca no templo, em ato público, como se fosse um casamento.
Textos bíblicos: Gn. 24.58-61 – Salmo 1.1-3 Pv.16.1 Mt. 18.19 Lc. 6.47-48
Após a leitura, o oficiante fará uma explanação embasada no texto lida e aproveitará para dizer ao casal que a responsabilidade agora é muito maior, tanto diante da família como da sociedade e principalmente diante de Deus. Dirá ainda que o noivado não abre caminho para a prática de atos amorosos que só são cabíveis dentro do matrimônio.
4º) CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO
Leitura bíblica: Gn. 2.18-24 Hb. 13.1a. Ef. 5.22-33 Jo. 21.11, etc.
APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS
Leitura bíblica: I Samuel 1.20,24-28; 3.19.
5º) FUNERAL
Este cerimonial do ponto de vista humano é sem dúvida o que menos agrada ao ministro oficiante, porém não se deve fugir ao dever do oficio. Cabe, portanto, ao oficiante da cerimônia fúnebre observar as seguintes recomendações:
a) Conhecer a condição espiritual e o testemunho da pessoa falecida, a fim de evitar pronunciamentos inverídicos que possa criar constrangimentos;
b) Conhecer os membros da família antes de iniciar a cerimônia;
c) Conhecer o local e horário do sepultamento com segurança;
d) Iniciar a cerimônia sempre com uma oração;
e) O tom de voz deve ser moderado – Nunca como se estivesse pregando numa cruzada evangelística ou no púlpito;
f) Leitura da palavra: I Ts. 4.13-18 II Co. 1.5-7; 5.1-10 I Co. 14.39-55 Ap.14.13; 21.3-4 etc:
g) Estabelecer limite de tempo para a palavra;
h) Os cânticos só deverão ser entoados com autorização da família. Nunca por iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias a família, para evitar que alguém se sinta ferido;
i) Os cânticos devem ser entoados em tom de piano (baixo).
UNÇÃO COM ÓLEO
A unção com óleo tem sido matéria duramente discutida por alguns ministérios, e muita polêmica têm se levantado em torno do assunto. Não será necessário fazer qualquer comentário em torno do assunto, visto que a bíblia define com clareza este tema não deixando qualquer brecha. Ao abrirmos o livro de Tiago 5.14-15 – e analisarmos o texto, temos de explicar o seguinte:
a) A unção é praticada pelos presbíteros (os pastores são também chamados de presbíteros), não é biblicamente, função de mais ninguém;
b) Não se deve sair oferecendo unção. A bíblia diz “Chame os presbíteros”.
c) Observar se o lugar onde se encontra o enfermo não oferece impedimento para efetivação do ato (Às vezes o estado do enfermo exige cuidados rigorosos do médico, e nestes casos é prudente comunicar ao médico);
d) O local da unção (aplicação do óleo), não é o da enfermidade como era feito de acordo com os costumes daquela época. Estamos autorizados a ungir o enfermo e não a enfermidade;
e) Fazer o enfermo beber óleo e um procedimento totalmente extra bíblico – Deus não se acha na obrigação de responder pelas ações que se praticam fora do contexto bíblico;
f) É necessário que se diga ao enfermo que o óleo é usado tão-somente como um símbolo do Espírito Santo e quem têm a virtude de curar é a oração da fé. (muitos não fazem outros acham desnecessária esta pratica porem o texto bíblico autoriza).
CULTO NOS LARES
O culto nos lares é sem dúvida uma das melhores oportunidades que a igreja dispõe para evangelização. Faz-se necessário que o responsável pela sua realização deve estar preparado para tal fim. Neste culto comparecem os vizinhos não crentes, irmãos de outras denominações, neste culto deveram seguir as seguintes recomendações:
a) Iniciar sempre no horário marcado;
b) Não fazer acepção de pessoas, ao cumprimentá-los, como por exemplo, cumprimentar os irmãos em Cristo com a paz do Senhor e outros com boa noite, ou, A paz do senhor para os irmãos e os ouvintes uma boa noite de salvação. Esse tipo de saudação esta incorreta, pois, a saudação deve ser igual para todos;
c) Ao iniciar a oração na residência, somente à pessoa incumbida da oração deve orar, os demais devem ficar em espírito, ouvindo, ou confirmando com a expressão Amém;
d) Não falar sobre nenhuma hipótese de fotografia, ou imagens de adoração sobre a parede, muito menos, solicitar para que retire;
e) Não se envolver em assuntos doutrinários, que cabe ao pastor da igreja;
f) Não falar sobre usos e costumes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Lamentavelmente existem muitos ministérios, obreiros e pregadores na atualidade tendo uma visão distorcida, ministrando e tentando pregar nas línguas originais do grego koinê do primeiro século da era cristã, para um povo que nem português fala direito, com linguagem teológica do século X, com liturgia e música do século XVI, com vestimentas do século XIX e tentando comunicar no século XXI, fica difícil não?
Quem está ou deseja o ministério e quer continuar falando as pessoas vai precisar estar constantemente se reciclando e atualizando .Ou nós mudamos e nos atualizamos, ou simplesmente vamos ficar falando sozinhos, ninguém vai parar para ouvir alguém que se tornou “jornal de ontem”, ninguém mais lê!
BIBLIOGRAFIA:
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia – Champlin, R.N – Hagnos.
Manual bíblico Vida Nova – Vida Nova.
A bíblia em Esboços – Hagnos.
Pregação ao Alcance de Todos – Reifler, Hans Ulrich – Vida Nova.
Enciclopédia e Dicionário Ilustrado KOOGAN / HOUAISS - Delta
A Bíblia TEB – Edições Paulinas/ Loyola.
Bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas.
Bíblia de Estudo NTLH – SBB.
Texto retirado do site "https://pastormax.no.comunidades.net/manual-para-pregadores-pr-djalma-ambro", em data de 14/10/2015 as 08h:46min.